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Investir na Poupança? (1)

  • Silvio Alves
  • 20 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

A Conta Poupança foi criada pelo Imperador Dom Pedro II, no século XIX e era destinada a pessoas de baixa renda. A remuneração na época era de 6% ao ano (a mesma taxa usada até 2012), sob a garantia do governo.Até pouco tempo atrás, este investimento era o mais acessível (e seguro) para o público em geral, e este pensamento seguiu de geração em geração, até os dias de hoje. Como resultado, a conta poupança continua sendo um produto muito popular.

Nos últimos anos, tivemos a popularização de outros produtos, como os títulos públicos (através do Tesouro Direto), maior oferta de fundos, com a concorrência obrigando as instituições a diminuírem o valor de aplicação inicial.

Por que as pessoas ainda aplicam na “Poupança”?

Existem, basicamente, quatro razões para isso:

1. Segurança

Sobreleve-se que contrapondo-se esse argumento, existe o Tesouro Direto. Ele é emitido pelo Tesouro Nacional (Governo), a instituição no país que possui a menor probabilidade de não honrar suas dívidas. Isto deve-se aos seguintes fatos: a) No momento que o governo não conseguir honrar suas dívidas, todo o ambiente econômico (inclusive bancos) também estará em situação crítica e provavelmente dando calotes antes do próprio governo; e, b) Os títulos do tesouro direto representam menos de 1% da dívida total do governo, reduzindo muito a probabilidade de calote.

Se o seu receio, caro leitor, é com a segurança, entende-se perfeitamente, pois a (Caderneta) de Poupança é o produto mais conhecido pelos brasileiros. Sugiro que inicie um estudo sobre outros investimentos, por exemplo Tesouro Selic, Fundos DI, entre outros. Desta forma, o leitor, vai criar a confiança necessária para iniciar o processo de mudança.

2. Facilidade de resgate

Muitas pessoas depositam seu dinheiro na Caderneta de Poupança pensando na facilidade de resgate da aplicação.

De fato, existem alguns produtos que possuem data de carência de resgate; isto é, você não poderá sacar antes de uma data pré-determinada.

Entretanto, vale lembrar que no caso da Caderneta de Poupança, o recebimento dos juros dar-se-á 30 dias a contar da data da aplicação; e, caso queira resgatar o dinheiro antes desta data, todos os juros acumulados neste período serão perdidos.

Se o objetivo, do leitor, é investir por apenas alguns dias, investir na Caderneta de Poupança não é a melhor opção. Neste caso, os Fundos de Renda Fixa DI (com Taxa de Administração menor que 1%), por exemplo, seria a melhor opção para investimentos a curto prazo.

3. Isenção de Imposto de Renda Tem-se a famosa alegação de que a Caderneta de Poupança é isenta de imposto de renda sobre rendimentos. Esta isenção dá uma falsa sensação que outros produtos financeiros, por serem tributáveis, são menos rentáveis. Entretanto isto não é verdade, por dois motivos: 1º) Existem produtos, como CDB’s, LCI’s, LCA’s, Tesouro Selic e até Fundos DI que, ao serem ofertados com uma boa taxa e dependendo da Taxa Selic, susperam o rendimento da Caderneta de Poupança em qualquer situação.

2º) Se você não resgatar o dinheiro exatamente na data do aniversário, perderá a rentabilidade acumulada do último período. Se o dinheiro a resgatar não possui um planejamento, vale a pena pagar um imposto e migrar seus recursos para o investimento com apuração diária de juros (como mencionei no item anterior).

4. Falta de educação financeira

Por fim, e não menos importante que as razões anteriores, a falta de outras informações vem prejudicando a vida financeira de milhares de pessoas. Entretanto, a situação está mudando e as pessoas estão começando a se conscientizar de que existem inúmeras outras formas de aplicações financeiras mais rentáveis que a Caderneta de Poupança.

Em conclusão

Como afirma Cerbasi: “Em uma outra época, não existiam alternativas de investimento para boa parte da população. Investir na Caderneta de Poupança era o produto mais seguro, rentável e fácil para resgatar no Brasil.

Entretanto, existe uma falsa crença, passada entre gerações, de que investir na poupança é a única opção. Porém, atualmente existem outras alternativas mais rentáveis, seguras e fáceis para aplicar”.

(1) Adaptação do artigo de Gustavo Cerbasi: Fim da Conta Poupança? Ainda vale a pena investir na poupança?


 
 
 

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